Introdução

Como hoje as pessoas vivem em um mundo digital, elas têm acesso a tudo o que procuram. Eles podem fazer compras online, se divertir com ofertas como Bonus de boas-vindas Brasil ou ler e-books. Exceto lendo livros online, as pessoas podem fazer sem Internet usando e-readers. Em termos definicionais muito sucintos, um e-reader (literalmente: «leitor electrónico») é um dispositivo portátil concebido com o propósito de permitir a leitura ou consulta de livros, revistas, artigos ou outros documentos em formato digital e sem necessidade de uma ligação à rede. Ou seja, é assim como que uma espécie de biblioteca condensada em formato de canhenho!

A Era Digital abarca uma inegável dimensão de utilidade e de conveniência com que inúmeros antepassados da nossa espécie jamais sonhariam – e os e-readers são unicamente mais um exemplo clássico dessa mudança de paradigma civilizacional.

Os Números

Segundo dados de 2021 alusivos ao mercado editorial dos E.U.A., aproximadamente 30% dos cidadãos norte-americanos consumiram livros em formato digital, o que superou a marca de 25% registada em 2019. O que não significa necessariamente que, de futuro, a compra de e-readers venha a suplantar o comércio de livros tradicionais. Até porque a experiência sensorial envolvida na leitura de um tomo envelhecido e oxidado certamente não encontra paralelo na contemplação de um ecrã. Seja como for, sem urgência de competitividade, ambos os domínios vão coexistindo numa lógica complementar, potencialmente contribuindo assim em simultâneo para a formação de profissionais capazes e cidadãos esclarecidos.

Infelizmente, apesar do contributo valioso destes aparelhos, nem assim os hábitos de leitura indiciam dar mostras de melhoras significativas. Pelo menos, no que a Portugal concerne, mais de 60% dos cidadãos declararam não haver lido qualquer livro durante o ano de 2020, sendo que somente 10% afirmaram tê-lo feito em formato digital. Além disso, em 2019, os e-books representavam menos de 1% de todo o mercado. Ainda assim, o comércio de livros exclusivamente físicos registou em 2022 um crescimento de 8% por comparação com o período pré-pandemia.

Uma perspectiva globalmente sinistra, não obstante um tanto animadora, embora em todo o caso continuem por demonstrar os hipotéticos benefícios dos e-readers em termos de promoção da leitura em território português.

As Tendências

Seria deveras interessante a realização de um estudo longitudinal susceptível de estabelecer uma possível correlação entre, por um lado, o incremento de vendas de e-readers e, por outro lado, o melhoramento geral dos índices de iliteracia, tanto mais que as estimativas apontam para que, no ano de 2026, o mercado de e-readers atinja um valor total na ordem dos 23 mil milhões de dólares americanos.

É um dado adquirido que a preferência por livros ou revistas ou artigos em formato digital vai assumindo, em termos globais, uma importância relativa considerável, mas isso não atesta de modo algum que estes dispositivos estejam umbilicalmente ligados a uma maior generalização de hábitos de leitura. Até porque se a pandemia de Covid-19 conduziu a uma maior popularização de e-books e audiobooks, em virtude do encerramento de livrarias e outros espaços comerciais, a verdade é que, em termos absolutos, a quantidade de bibliófilos não sugere uma oscilação similar, indicativo de que os consumidores de e-books e audiobooks durante o período pandémico coincidiram sensivelmente com aqueles que, por sua vez, costumavam ler livros propriamente ditos antes do encerramento das livrarias.

Conclusão

Em termos ideais, nada seria mais louvável do que postular um acompanhamento concomitante entre a comercialização de e-readers e uma difusão mais abrangente de leitores ao redor do mundo. O que, porém, até à data, não consta que seja possível.